Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro... (Clarice Lispector)
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
As meninas e a vida
domingo, 3 de agosto de 2008
A vida e suas construções
Somewhere over the rainbow Way up high, There's a land that I heard of Once in a lullaby.
Somewhere over the rainbow
Skies are blue,
And the dreams that you dare to dream
Really do come true.
Someday I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far
Behind me.
Where troubles melt like lemon drops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me.
Somewhere over the rainbow
Bluebirds fly.
Birds fly over the rainbow.
Why then, oh why can't I?
If happy little bluebirds fly
Beyond the rainbow
Why, oh why can't I?
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Música incidental para esses dias em que tudo o que se quer é voltar a ser criança, resguardada por uma época de inocência e frescor onde os únicos problemas eram frutos da imaginação.
E pego-me pensando se os problemas da vida adulta também não seriam construídos por nossos próprios medos, bem como o monstro que habitava o armário ou as bonecas que ganhavam vida durante a noite. Será mesmo que temos todos os reais motivos de estarmos sempre correndo contra o tempo, suando e preocupando-se diariamente pelo dinheiro sempre insuficiente e martirizando-se pelos erros, frutos de fraquezas quase infantis que todos nós possuímos internamente?
Começo a acreditar que construímos nossas paranóias e problemas em cima de vontades e anseios que não são realmente nossos, que não vêm de dentro, do que de fato pensamos ser a felicidade.
O carro novo a comprar, a televisão de plasma, a plástica a fazer, o sexo que deve sempre ser perfeito, os finais de semana sempre com alguma atividade rodeada pelos amigos sempre a rir e beber, o humor que não pode escorregar e a coragem que não pode fraquejar. Tudo me lembra os comerciais de televisão, as novelas, os filmes, as imagens produzidas para serem o estilo perfeito de vida a ser obtido a todo custo...seja como for.
O mais triste é saber que mesmo os que conseguem enxergar o mercado de consumo das ilusões pós-modernas, mesmo eles estão imersos na necessidade construída... e da mesma forma constróem suas frustações e tristezas, medos e paixões. E, quiçá, sofram mais do que os que apenas vivenciam tudo como se fosse natural deles próprios.
Oxalá um dia consiga desvencilhar-me, meu Deus, dessa ilusão que a vida me apresenta nas prateleiras de seus supermercados! Consiga realmente vivenciar diária e cotidianamente o que acredito ser a felicidade plena... as coisas simples da vida....as coisas que realmente importam e me fazem melhor e feliz.
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Apenas uma reflexão compartilhada...afinal...sou o que sinto...e escrever o que sinto me faz ser.
(SIGA A ESTRADA DAS PEDRAS AMARELAS!)