sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Vou-me embora agora!

Vou pegar o primeiro Zepelin que passar, pode ser até qualquer monomotor. Aqui não quero ficar mais não. Nesse lugar insólito no qual as loucuras têm de ser recolhidas na mente e os gritos se encrustam na garganta. Eu quero ir para onde as palavras corram soltas, sem me preocupar se o que digo (ou escrevo) faz sentido. Preciso me desoxigenar, andar de bibicleta e dormir ao luar. Talvez Pasárgada seja um bom lugar. Será que depois do texto do Bandeira, ainda tem passagem pra lá? Vou perguntar ao Rei, meu amigo de longa data e que há muito não o vejo. Mas tem que ser sem bilhete de volta e com direito a alguns acompanhantes. E também só levo gente do bem e bacana, com cuca fresca e que queira ficar de bobeira todos os dias e a noite inteira. Vamos comigo pra lá? E já estou pensando seriamente em como a gente faz pra chegar. Acho, no fundo no fundo, que só basta tentar! =)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Promessas de ano novo.

"Para se ganhar um Ano Novo
que mereça esse nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre"

(Receita de Ano Novo, Carlos Drummond de Andrade)

Já é dia 16, mas ainda dá tempo de desejar aqui um excelente ano novo para todos. Ainda é tempo de recuperar o texto que está na minha memória desde os primeiros dias de janeiro e que tem muito com o poema de Drummond.

****
Pular 7 ondas, comer romã, lentilha, vestir branco, fazer simpatias e promessas. Receitas (in) falíveis de virada de ano para se ter dias gloriosos, se não 365, pelos menos metade disso. Não fiz nada, nem mesmo comprei roupa nova... não pedi, não rezei...comi churrasco, tomei espumante (e vinho, e cerveja...) e brindei 2011 com um sorriso no rosto de quem não espera nada, ou quase. As promessas ficaram para trás.
Não prometi terminar a dissertação logo, a trabalhar melhor, a perder a barriga que me irrita, a acordar cedo, a parar de me chatear com pequenas coisas, a ser diferente, nada disso! Também não pedi fertilidade à Iemanjá (e olha que gssto dela!), não pedi mais amor, mais felicidade, mais dinheiro...não prometi nem mesmo superar meus traumas que me atraplham.  

Reli poesias, revi minhas expectativas de vida...me refleti. E fiz um pacto comigo mesma: em 2011 (espero que em 12, 13..) eu desisti de me estressar e, para isso, não prometo nada nem espero por nada. Desisto agora dos prazos determinados pela minha ansiedade, vou fazer direito e vou sendo feliz e, deixando as coisas acontecerem no seu tempo (porque, sim, se as coisas tem vida, claro que elas também tem seu próprio tempo!) me permito a me tranquilizar, a relaxar diariamente, mesmo atribulada de coisas como todo mundo.

E me livro, assim, dos médicos especialistas, das tonteiras, das pequenas rugas de raiva. Prefiro agora ficar com as marcas de tristeza, decepção, felicidades e surpresas que a vida for apresentando e que eu for construindo. Sei que a dissertação vai sair, que o carro vai ser comprado, o trânsito enfrentado, que a hora que for pra ser, o bebê vai chegar. Então.... meu pacto íntimo é esse: nada de promessas e de determininos. Vou viver, vou ser, vou fazendo...e, me refazendo assim, me reinventando e deixando acontecer, sei que o ano novo está renascendo feliz em mim.


FELIZ ANO NOVO PARA TODOS VOCÊS. FAÇAM-SE NOVOS PARA TÊ-LO NOVO TAMBÉM.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A todos os amantes!

Há algum tempo recebi um texto do Jorge Bucay que nos alertava sobre a maravilha de termos um amante. Sim, isso mesmo AMANTE, sem a menor compostura ou hipocrisia pequeno-burguesa. E hoje, ao chegar em casa de um belo dia (noite) com meu mais novo amante, voltei a este texto para decifrar as nuances que não havia percebido de imediato...como é esse negócio é bom! Como precisamos tê-lo (tê-los vários, pra quem tem fôlego!!!!).

Segundo o psicólogo, e segundo as minhas próprias experiências, amante é aquilo que nos apaixona, que nos mantém distraídos das coisas duras que estão a nossa volta e que nos dá um sentindo maior, melhor, mais brilhante...sei lá... a nossa vida. Pode ser nosso trabalho, um novo hobby, nosso companheiro, um filme, um texto...uma religião, não importa! É aquilo que te tira do cotidiano e te leva para dentro de você, para seus subterfúgios e te faz querer ser melhor, ir "avante e ao infinito".

Amantes podem mesmo ser construídos pela pura falta de algo que te distraía. Foi assim que o meu novíssimo surgiu...e vejam vocês, impulsionada pelo meu amor (porque são coisas diferente, combinemos). Antes eu tinha a pesquisa acadêmica como amante íntimo e como ela me satisfazia. Até que como por encantamento (com o rumo das coisas, com as escolhas...) PUFF... passou a ser mais um trabalho, mais um obrigação, mais um... E, meus caros, amante não pode nunca, sob hipótese alguma, ser apenas mais um. Para ser amante deve ser O.

Na minha lista já teve telefonemas intermináveis de madrugada, cadernos com letras do Djavan no qual me deliciava em poesias, deitar em colo de amigo, dançar o ventre. Mas é que essa vida de adulto cansa a gente e nos tira o tempo para os amantes, até que você pega desenvolve uma labirintite e um bruxismo e seu dentista manda você ir se tratar num psiquiatra..aí você entende: vai, corre atrás de um amante já, já.

Deste modo surgiram os pincéis, as bases, as sombras, os delineadores (esses não muito rsrsr), os lápis, blush e congêneres. E eu me pus de pé novamente ao colorir rostos e borrocar minhas mãos, sem tontoruas e dores no maxilar e cheia de vontade de ir muito em frente, sem pressa, sem trocar pés por mãos. Apenas seguir com esse amante fashion de mãos dadas pela vida. E, claro, sendo feliz!!!!

Assim, recomendo a todos vocês, possíveis leitores: tá com problema, triste, chateado? Vá catar um amante!!!

***********************************************


Agora o motivo real desse post: PROMOÇÃO DA CATHERINE HILL.
http://makecatharinehill.blogspot.com/2010/11/sorteio-paleta-de-sombras.html#comment-form

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sonhos são sempre possíveis

Por mais que eu pense
Que eu sinta, que eu fale
Tem sempre alguma coisa por dizer
Por mais que o mundo dê voltas
Em torno do sol, vem a lua me
Enlouquecer


A noite passada
Você veio me ver
A noite passada
Eu sonhei com você


Ó lua de cosmo
No céu estampada
Permita que eu possa adormecer
Quem sabe, de novo nessa madrugada
Ela resolva aparecer


A noite passada
Você veio me ver
A noite passada
Eu sonhei com você


E então eu resolvi postar hoje, depois de mais de um ano sem vir aqui. Postagem boba, texto simples, mas que diz de coisas muito além de mim, do outro e de você que porventura leia esse blog. 
Quando penso em Vida das Coisas é a compreensão da essencia que tem em tudo, que não somos apenas nós que fazemos acontecer...mas nossos atos, os fatos e os acaso.s..sim, principalmente esse útlimo. Não apenas o acaso inexperado, mas especialmente o inexplicável, o além da razão, aquele que parece coisa do subconsciente mas ao mesmo tempo não se sabe bem ao certo quem o produziu.

E fico feliz com esses singelos e inenarráveis fatinhos que simplesmente surgem. E digo a uns e calo para outros...porque, de verdade, um texto só acontece se exite um único leitor que seja. Assim também são os fatos, sejam os racionais ou os intangíveis.

Eu vivo assim nesses dias de acaso: entre as realidades vividas e os ideiais e sonhos pensados...e nessa noite eu sonhei com ela novamente, com seus incríveis olhos castanhos a me contemplar e a exigir apenas amor. Se ainda não vivo por ela, e se viverei um dia...quem sabe?...mas cá dentro sou dela e sem ela não sou. E sei que sou assim, por tudo que ela representa em mim.


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Let's talk 'bout love...

Escolho hoje para escrever... (re)dizer o que já foi dito, processado e aquilo que está ainda por vir a ser...afinal, a medida que as palavras se tornam legíveis, outras coisas acontecem: a transformação se dá aí, na liguagem...onde tudo desemboca no real da vida.
Mas a vida das coisas não é assim...ela é gestada lentamente, especialmente quando falo do que gostaria de gritar hoje. Assim como as palavras aqui postadas, o amor que me nutre não surge de tempestades repentinas e permanece estático... vem de cada gesto, cada olhar, cada momento que se passa com o ser amado. Constrói-se intermitentemente na presença e na ausência, nas coisas ditas e especialmente nas não ditas.
O amor é sorte e milagre, mas aos poucos se aprende que o milagre é termos capacidade de amar e deixarmos ser amados, e a sorte...ah...essa é nossa companheira constante, só aqueles que não olham ao redor e não tem a perspicácia do olhar não entende essa mágica da vida!
Contudo...amor não é um eterno estado de graça...é milagre mas não é miraculoso...ah de nós não trabalharmos para que o amor exista, persista, cresça e apareça em nossas vidas como elemento principal! E voltamos ao cotidiano, aos pequenos e singulares detalhes do dia a dia que nos fazem colocar a cada instante um bloquinho de concreto em um sentimento que, nas histórias parecem tão abstratos, mas nada tem de furtivo...é sólido e sua massa são tantos outros sentimentos que andam juntos de mãos dadas.
Amizade para ser você mesmo, carinho para que o olhar seja sempre diferenciado, paciência e sabedoria para deixar as coisas passarem quando devem e trazer à tona o que não pode ser despercebido, entrega de corpo, de alma, de sonhos e de vida...abdicação constante e recíproca e, a cima de tudo, uma cumplicidade ímpar que apenas os que possuem a vontade de amar para sempre possuem.
É na sapiência dos momentos certos para calar, falar, ouvir, discutir, afagar, perdoar, ignorar...nessa necessidade vital de entender o outro apenas com os olhos e, além do outro, entender a aura que dá vida ao relacionamento amoroso que reside o amor tranquilo, que o Cazuza cantou... aquele com sabor de fruta mordida...ou o tal sapato velho do Roupa Nova...o amor que congrega almas e desfruta de uma vida imperfeita mas deseja e é nutrida por uma felicidade constante de "querer bem...de se querer quem se tem".
Relacionamentos de longa data, mesmo que nas atuais circunstâncias estejam escassos, ainda têm aos montes...mas relacionamentos duradouros, esses são outra história...para durar e perdurar a felicidade é preciso que os amantes desejem amar, desejem ser para o outro aquilo que almejam para si...é necessário ter fé no amor, esperança na vida, persistência na relação e um amor transcendental que é amigo, amante, pai, mãe, irmão e cúmplice.
Tudo isso para bem dizer o que vivo e que hoje completam 730 dias de lar, união, carinho, afeto, paixão, tesão...e mais alguns tantos de um milagre que a vida deu voltas e curvas em nossas histórias para nos unir.
Amo-o de forma intensa, calma, leve e feliz....amo assim como escrevo esse texto...pensando, escrevendo, apagando cada erro e reescrevendo quantas vezes necessário for, apenas para dizer que cada dia fortalecemos nosso amor e nossa cumplicidade que nos faz feliz.
*****************************************************
Amor de Índio
Beto Guedes e Ronaldo Bastos

Tudo o que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo cuidado, meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo viver a teu lado
Com o arco da promessa
Do azul pintado pra durar

Abelha fazendo mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for e ser tudo

Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do seu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver

No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser tudo

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

As coisas dos tempos

Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar
(Vai passar - Chico Buarque)
*****************************
Após um ano adormecida, sem me contar, sem refletir no papel as coisas que me formaram, reabro este blog com antipatia, indignação e um calor no peito por ver que o que "era pra ter passado" volta cada vez mais forte e retumbante.
Se não vivi essa época que o Chico nos conta e canta tão bem, a li, me apaixonei por sua história e seus personagens...e como a gente se forja também daquilo que é o não vivido mas experimentado pela literatura, pela arte... me faço um pouco a partir dos Anos de Chumbo, daqueles que sonharam, brigaram e amarguraram em nome de uma liberdade de expressão cerceada pelas botas pretas e cabeças tortas.
E há um pouco mais de um ano pude depara-me com uma pequena amostra desses tempos..."o bloco dos Napoleões retintos" dentro das instituições que deveriam primar pela construção coletiva de uma sociedade mais igualitária e justa. Não tinham botas pretas, nem torturas físicas...mas como sabem de camisa social e tinta no cabelo torturar psicologicamente almas que prezam por uma justiça que está escrita, mas não se faz.
E deste modo desisti...
E hoje de outro lado (efetivamente só muda o lado do viaduto) indigno-me novamente com as velhas camisas e outros ternos, numa fome voraz que só aumentou com o tempo inerte que hibernou. Sedentos por mais poder, famintos por uma espécie de manipulação e convencimento baixos, sórdidos...cercados por gente que prefere arriar as calças ao invés de brigar.
Triste ver a Universidade Pública desse país comandanda por essas estirpes...triste ver meninos e meninas cooptados por meros assentos em DAs que um dia foram estandarte de luta. Triste ver a educação de nosso jovens e a produção do nosso conhecimento ignorados por homens e mulheres de pouca visão.
Um pouco feliz ao menos por perceber que a luta ainda pode ser feita...e que posso ainda ser subjetivada e subjetivar-me da esperança da prática política, se não capaz de revoluções sociais, mas transformadora de almas.
E aos que batem "palmas para a ala dos barões famintos"...cuidado pois "a pátria mãe tão distraída, sem perceber que é (era) subtraída em tenebrosas transações".
Aos que "leva(va)m pedradas feito pernitentes"...."a evolução da liberdade até o dia clarear"!!!!
Aline Moraes

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

As meninas e a vida

"Tem gente que chega pra ficar Tem gente que vai pra nunca mais Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai e quer ficar Tem gente que veio só olhar Tem gente a sorrir e a chorar E assim, chegar e partir" (Milton Nascimento e Fernando Brant)
(texto dedicado a uma amiga, que mesmo ladra [rsrsrs], faz parte da minha vida para sempre) Sempre ouvimos dizer que todas as experiências que passamos na vida nos levam a um aprendizado...alguns, como eu, acreditam que todas essas experiências deveriam mesmo ser vividas para que possamos evoluir...seguir nossa jornada nesse mundo. Hoje posso dizer que mais uma etapa dessa jornada foi completada (mesmo que minha data limítrofe seja 29 de agosto). Nova cidade, novas pessoas, novas experiências, vida nova! Mas uma companheira de jornada já conhecida, com a qual sempre foi possível compartilhar saudades, esperanças, felicidades e angustias e, sim, todas as tristezas vividas nesses útlimos 21 meses. E meses intensos, de aprendizagens constantes, de amadurecimento pessoal e profissional sem precedentes. Juntas aprendemos a lidar com as derrotas e transformá-las em força e esperança de dias melhores; cada lágrima foi enxugada e semeada, para no dia seguinte, às 9h da manhã, ser colhida em forma de luta e transformação do meio em que fomos obrigadas a viver. Tantos sorrisos sem vontade, raivas contidas e algumas outras expostas...até que um dia percebemos juntas que alguma coisa desse cultivo diário tinha dado frutos: mudanças estruturais, pessoas engajadas, resultados políticos alterados significativamente...e a derrota (ao menos uma vez na vida!) nos olhos e nos corpos do adversário. E juntas também escutamos a vida nos dizendo: "Chega! Mais um ciclo acabou". E lá fomos nós buscar nossas novas etapas de evolução. Com mais força, mais dedicação, inteligência e, acima de tudo, união, fechamos esta etapa turbulenta e cheia de história para contar. No entanto, o que um olhar cheio de lágrimas não nos faz pensar? Foram 21 meses de aprendizado constante. Não aprendizado da politicagem coronelesca do interior, de atividades burocráticas ou afins. Aprendizagem de vida, de nós mesmas. Hoje olho pro ontem, pras meninas que chegamos e enxergo as meninas-maduras que saímos. Somos outras, aprendemos a ter calma, a lutar por objetivos, a sermos neutras ... aprendemos a ser adultas da forma mais eficaz que poderíamos: com muita porrada da vida. Saímos de nossos ninhos e fomos em busca do mundo...e o mundo se abriu pra nós em toda sua imensidão. E aprendemos a ser fortes de verdade, vimos desde o ínicio que ou éramos nós duas juntas ou iriam nos engolir. E, como a vida é justa, colocaram anjos bons em nossos caminhos que se transformaram nos amigos de luta, nos "pais e tios" representando os laços consaguíneos distantes, em paixões e amores. E mesmo que alguns desses anjos se tornem distantes, ficaram para sempre em nossas vidas através das memórias que teremos desses tempos cinzentos mas repleto de amizade e boas surpresas. Saí casada (e como não lembrar eternamente que você presenciou o mágico acontecer em minha vida?), transformada como mulher, saí feliz...e vejo você saindo levando na bagagem toda a experiência vivida e toda esperança acumulada, querendo ser mãe, ver barriga crescer :) ! Saímos com lágrimas nos olhos...não pela felicidade de estar indo...mas pela felicidade de termos conquistado tantas boas coisas em meio ao caos. Querida amiga, fizemos história!!! E assinamos em baixo.